Lançamentos no Streaming – Destaques de 08 a 14 de dezembro de 2025

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O grande trunfo da série continua sendo o talento incomparável de Atkinson para a comédia física. Aos 70 anos, o ator demonstra que ainda domina completamente a arte do humor visual, explorando expressões faciais e movimentos corporais que dispensam diálogos extensos. É justamente essa economia de palavras que torna a série universalmente acessível — o humor transcende barreiras linguísticas e culturais.

A dinâmica entre Trevor e o bebê promete momentos hilários de pura desventura. Enquanto o personagem tenta manter o controle da situação, cada pequena ação — trocar fraldas, alimentar, embalar para dormir — transforma-se em potencial catástrofe. A cobertura luxuosa funciona como cenário perfeito para essa dança caótica, amplificando as possibilidades de destruição acidental.

“Homem x Bebê” não reinventa a roda, mas também não precisa. A série aposta na mesma fórmula que garantiu o sucesso de sua predecessora (Homem x Abelha): situações cotidianas levadas ao extremo através das mãos desastradas de um protagonista bem-intencionado, mas completamente despreparado. Para os fãs de Atkinson, especialmente aqueles que cresceram assistindo Mr. Bean, a produção oferece exatamente o que se espera — entretenimento leve, familiar e carregado de nostalgia.

A ambientação natalina adiciona uma camada extra de charme à narrativa. O espírito festivo contrasta perfeitamente com o caos progressivo que se desenrola na tela, criando uma combinação que funciona tanto como comédia quanto como conteúdo temático de fim de ano.

Os 4 episódios de aproximadamente meia hora cada garantem que a história não se estenda além do necessário, mas também limitam o desenvolvimento de personagens secundários. O elenco de apoio, que inclui nomes como Alanah Bloor, Claudie Blakley e Sunetra Sarker, acaba ficando em segundo plano diante do domínio absoluto de Atkinson sobre a trama.

“Homem x Bebê” é um comfort food televisivo: não vai revolucionar o gênero da comédia, mas cumpre perfeitamente seu papel de entretenimento leve e divertido para toda a família. Rowan Atkinson entrega o que sabe fazer de melhor, e para muitos, isso é mais do que suficiente. A série funciona especialmente bem como programação natalina, oferecendo risadas despretensiosas em um período do ano em que o público busca exatamente esse tipo de conteúdo.

Para os fãs do ator britânico, é programa obrigatório. Para os demais, uma agradável surpresa que comprova que o humor físico, quando bem executado, permanece atemporal.

Após conquistar o público com “Entre Facas e Segredos” (2019) e “Glass Onion” (2022), Rian Johnson retorna com “Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out”, provando que a franquia não apenas mantém seu fôlego, mas aprofunda sua proposta com uma abordagem mais sombria e complexa. Se os filmes anteriores brincavam com as convenções do mistério clássico em ambientes luxuosos, este terceiro capítulo mergulha nas profundezas de uma pequena cidade religiosa, trocando mansões por igrejas e cemitérios em uma narrativa que explora fé, corrupção e redenção.

Daniel Craig está de volta como o carismático detetive Benoit Blanc, desta vez enfrentando o que ele mesmo descreve como seu caso mais perigoso. A premissa é intrigante: quando o jovem padre Jud Duplenticy (Josh O’Connor) é enviado para auxiliar o carismático e controverso Monsenhor Jefferson Wicks (Josh Brolin), ele se depara com uma congregação perturbadora e devotos que parecem esconder segredos obscuros. Tudo muda quando um assassinato aparentemente impossível acontece à vista de todos durante um sermão na igreja, forçando Blanc a unir forças com a chefe de polícia local (Mila Kunis) para desvendar um mistério que desafia toda lógica.

Embora não seja perfeito (alguns personagens poderiam ser mais desenvolvidos e o ritmo ocasionalmente tropeça) estas são falhas menores em uma produção que ousadamente expande os limites do gênero. Para fãs da franquia, é imperdível. Para recém-chegados, pode ser um ponto de entrada mais desafiador que seus predecessores mais leves, mas a recompensa vale o investimento.

HBO MAX

Em 19 de outubro de 2025, o mundo assistiu atônito ao desenrolar de um dos crimes mais audaciosos da história recente: o roubo de oito peças das Joias da Coroa Francesa do Museu do Louvre, em Paris, avaliadas em mais de €88 milhões (aproximadamente US$100 milhões). Menos de dois meses depois, a HBO Max estreia “O Grande Roubo do Louvre: O Crime Minuto a Minuto”, um documentário especial que reconstrói meticulosamente os sete minutos que abalaram uma das instituições culturais mais importantes do mundo.

“O Grande Roubo do Louvre: O Crime Minuto a Minuto” é um documentário de crime sólido e absorvente que cumpre sua promessa de reconstruir um dos roubos mais audaciosos da história recente. Embora não seja perfeito — algumas áreas merecem exploração mais profunda e sua natureza em tempo real significa falta de resolução — oferece uma análise forense detalhada, entrevistas perspicazes e reconstruções visuais impressionantes.

Para entusiastas de true crime, o documentário é programa obrigatório. Para aqueles interessados em arte, história cultural ou questões de segurança museológica, oferece insights valiosos. E para qualquer pessoa que acompanhou as notícias do roubo em outubro, fornece contexto e detalhes que as manchetes não puderam capturar.

O documentário funciona tanto como jornalismo investigativo quanto como alerta: se instituições icônicas como o Louvre podem ser violadas, nenhum tesouro cultural está verdadeiramente seguro. À medida que as Joias da Coroa Francesa permanecem desaparecidas, o documentário serve como registro vital de um crime que chocou o mundo e mudou para sempre a forma como pensamos sobre a proteção de nosso patrimônio cultural compartilhado.

Disney +

“Percy Jackson e os Olimpianos – Temporada 2” é uma sequência superior que expande em escala, ambição e maturidade emocional. Com ação épica, performances sólidas (principalmente as de Scobell, Jeffries e da revelação Daniel Diemer) e fidelidade admirável ao material original, a temporada entrega exatamente o que fãs esperavam enquanto surpreende com sua disposição de assumir riscos criativos.

Embora ocasionalmente tropece em diálogos expositivos e questões de ritmo (especialmente no episódio de estreia), estes são defeitos menores em uma produção que claramente entende e respeita seu material original. A série demonstra que adaptações fiéis não precisam sacrificar qualidade cinematográfica — é possível honrar os livros enquanto cria uma série genuinamente emocionante.

Para fãs da 1ª temporada, esta é continuação obrigatória que justifica a espera de 2 anos. E quem ainda não embarcou na jornada de Percy, é o momento ideal para mergulhar em uma das melhores séries de fantasia juvenil em produção atualmente. Com uma terceira temporada já confirmada e em produção, “Percy Jackson e os Olimpianos” está solidificando seu lugar como uma das franquias mais promissoras do streaming “disneyano”.

Em um cenário televisivo saturado de adaptações mal concebidas e franquias exploradas até a exaustão, “Percy Jackson e os Olimpianos” é um lembrete refrescante de que, com a equipe criativa certa (especialmente quando inclui o autor original), respeito pelo material original e visão de longo prazo, é possível criar algo que honra tanto a fonte quanto o meio.

Preparem suas espadas, escudos e pegue seu Velocino de Ouro… esta é uma jornada que vale cada minuto da travessia pelo Mar de Monstros.

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